O mercado de criptomoedas tem causado bastante interesse, não apenas de investidores, mas do público em geral. Afinal, ao mesmo tempo em que oferece grandes possibilidades, esse mercado também possui riscos e oscilações.
Neste artigo, vamos falar sobre criptomoedas, como funcionam, como comprar, a regulamentação e os riscos que esse tipo de investimento oferece. Gostou do tema? Então, boa leitura!
O que são criptomoedas?
As criptomoedas são moedas digitais, ou seja, representações digitais de
valor monetário.
Geralmente os investidores chamam de moeda digital quando existe uma referência a uma moeda oficial, como o dólar ou real. Quando não existe referência a uma moeda oficial, os investidores chamam de moeda virtual.
Esses ativos utilizam criptografia para garantir transações seguras e para controlar a criação de novas unidades.
A criptografia garante a integridade (não pode ser modificada), identidade (é possível identificar sua autenticidade) e confidencialidade das informações.
Outra característica é que esses ativos operam em redes descentralizadas chamadas de Distributed Ledger Technology – DLT. Essas redes descentralizadas são uma espécie de livros de registro iguais distribuídos entre os seus diversos componentes.
A tecnologia blockchain é um tipo de DLT organizado em blocos sequenciais de informações. Isso significa que quando um novo bloco de informações entra na rede, o bloco anterior não pode ser modificado.
O valor das criptomoedas oscila de acordo com a oferta e a demanda por esse ativo, sem interferências de órgãos de controle, como o Banco Central, que pode atuar no câmbio para alterar o valor das moedas no mercado.
Como surgiram as criptomoedas?
A primeira e mais conhecida criptomoeda é o Bitcoin, criada em 2008 por uma pessoa, empresa ou grupo de pessoas sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.
Desde então, surgiram milhares de outras criptomoedas, algumas com finalidades específicas, como contratos inteligentes (como o Ethereum), privacidade (como o Monero), entre outras.
Existe regulamentação sobre criptomoedas?
A legislação sobre criptomoedas pode variar significativamente de um país para outro e as regras fiscais estão sujeitas a alterações ao longo do tempo. O Brasil se tornou um dos primeiros países do mundo a estabelecer uma regulamentação específica para esses ativos.
O Marco Legal das Criptomoedas, que entrou em vigor em 20 de junho de 2023, tem como principal objetivo regulamentar o funcionamento das corretoras no Brasil e combater os crimes envolvendo ativos digitais, como lavagem de dinheiro e pirâmides.
De acordo com a legislação, as empresas ligadas à criptomoedas vão ter que compartilhar o número maior de informações com órgãos governamentais e obter autorização para exercer suas atividades no Brasil.
Entretanto, é importante ressaltar que já havia regulações da Receita Federal e orientações da Comissão de Valores Mobiliários sobre o assunto. Mesmo assim, a lei serve como marco legal para as prestadoras.
Atualmente, investidores que possuem investimentos em criptomoedas precisam incluir esses ativos na declaração do Imposto de Renda. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um imposto de 15% sobre os rendimentos com criptomoedas no exterior. O texto segue para o Senado Federal.
Como comprar criptomoedas?
Para comprar ou vender criptomoedas, é necessário ter uma conta em uma das corretoras específicas desse mercado, chamadas de exchanges. Em uma dessas corretoras, é possível trocar o dinheiro por esses ativos digitais.
Entretanto, esse investimento possui riscos. Por isso, é importante escolher uma plataforma segura, com tempo de atuação e credibilidade no mercado.
Quais as vantagens das criptomoedas?
Investidores apresentam vantagens para o uso de criptomoedas, o que tem contribuído para o seu crescente interesse. Vamos conhecer algumas dessas vantagens:
Diversificação dos investimentos
Muitos investidores veem as criptomoedas como uma classe de ativos atraente para investimento e diversificação de portfólio.
Descentralização
As criptomoedas operam em redes descentralizadas. Segundo alguns investidores, essa descentralização oferece um maior grau de independência e liberdade financeira, principalmente em países emergentes.
Segurança
Como vimos, as transações de criptomoedas são registradas em um livro público e imutável chamado blockchain. A criptografia e a tecnologia subjacente do blockchain tornam as transações mais seguras.
Como as transações são registradas em um livro e verificável, a transparência é um aspecto fundamental desses ativos.
Transações globais
As criptomoedas facilitam transferências de fundos entre países, eliminando intermediários e reduzindo o tempo necessário para concluir transações internacionais.
Inovação tecnológica
A tecnologia blockchain subjacente às moedas digitais tem o potencial de impulsionar a inovação em diversas áreas, incluindo contratos inteligentes, cadeias de suprimento, entre outras.
Algumas criptomoedas, como o Monero e o Zcash, foram projetadas com foco na privacidade, oferecendo aos usuários maior anonimato em suas transações.
Quais os principais riscos das criptomoedas?
Apesar das vantagens, é importante observar que as moedas digitais também apresentam riscos. Por isso, é importante compreendê-los antes de investir nesses ativos. Vamos conhecer alguns dos principais riscos associados às criptomoedas:
Volatilidade de preço
As criptomoedas são conhecidas por sua alta volatilidade. Os preços podem flutuar significativamente em curtos períodos de tempo, o que pode levar a ganhos substanciais, mas também a perdas substanciais para os investidores.
Segundo analistas, existem diversos fatores que interferem nos preços das criptomoedas. Processos de regulação, novos players, flutuações econômicas, alterações nos protocolos de emissão e até notícias falsas interferem no movimento de compra e venda, o que se reflete no preço.
Riscos de segurança
Apesar da estrutura complexa de segurança digital, os ataques cibernéticos e as fraudes são riscos que devem ser considerados no ecossistema das criptomoedas.
De acordo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, os golpes mais comuns com criptomoedas envolvem carteiras, robôs de investimentos, aplicativos de exchanges e clubes de investimentos falsos.
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